terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Amor Blue - Capítulo 02

 NOVA SERRA. HOTEL. QUARTO. TARDE

Daniel entra com suas malas e as coloca na cama. Em seguida, Sófia entra.



Sófia – O Que você ta fazendo aqui? No meu quarto?
Daniel – É meu quarto! 
Sófia – Seu quarto coisa nenhuma, me mandaram vim pra cá. 
Daniel – Ah é! Devem ter esquecido de falar pra você. O Hotel está lotado e os passageiros terão que dividir o quarto 
Sófia – Nem pensar! Eu não divido quarto com ninguém, pode sair. 
Daniel – Se alguém tiver que sair esse alguém é você. Eu topei dividir o quarto, se não quiser durma na recepção. 
Sófia – Que absurdo!
Daniel – Então pode me dar licença né?
Sófia – Eu vou reclamar ta?

Sófia sai estressada.


 SANTELMO. LOJA DE CACILDA. TARDE

Cacilda e Otávia entram e se deparam com Jesse e Anete.


Cacilda – O Que está acontecendo aqui?
Otávia – Até parecem que saíram do inferno, Desculpe a palavra. Todas sujas e empoeiradas! 
Cacilda – RUA! RUA! A gente não pode nem sair pra ver um dueluzinho que já vão invadindo o estabelecimento? 
Otávia – Aposto que elas não tem nem dinheiro pra comprar nada, Tia 

Jesse pega o certificado de autoridade e usa a mão pra tirar a poeira e logo mostra para as duas. Cacilda e Otávia ficam chocadas e logo abrem um sorriso no rosto.


 NOVA SERRA. HOTEL. QUARTO. TARDE

Sófia bate na porta, Daniel abre.


Sófia – Ta bom, Desculpa! Eu posso ficar aqui? 
Daniel – Claro, dividiremos o quarto!


 SANTELMO. ESTRADA. TARDE

A Noite já está chegando, o dia começa a escurecer e o céu dar sinais de chuva. Várias pessoas caminham com o caixão de Richard a caminho do cemitério, Adma ao lado chorando. 

Adma – Cadê a Cacilda?
Absurd – Ela ficou de ir buscar o Daniel na estação, deve chegar por aí daqui a pouco. 
Adma – Ah sim!

A Carruagem de Baldoc vai passando, ele está com Bell indo a caminho da cidade. 

Baldoc – O Que está acontecendo aqui?
Bell – Ah, é o enterro do Seu Richard. Morreu coitado. 
Baldoc – O Que? Parem com isso já! Não vão enterrar esse ordinário nas minhas terras
Adma – Quem você pensa que é Baldoc? Essas terras são de todos, eu enterro quem eu quiser. 
Baldoc – O Que?
Adma – E ta pra nascer macho que vai por ordem em mim

Baldoc, bravo, coloca a mão na cintura onde está sua arma ameaçando Adma. Em seguida, Adma faz o mesmo. Baldoc saca a arma, Adma não perde tempo e também saca. Os dois apontam as armas um para o outro, Baldoc coloca o dedo no gatilho. Cacilda chega, com um véu preto e vai até Absurd.


Cacilda – O Que está acontecendo aqui? Absurd, você não vai fazer nada?
Absurd – Já basta uma morte na família, você quer que o Daniel chegue e descubra que além do pai perdeu o cunhado? 
Cacilda – Absurd, você é um banana! Isso que você é. Né Otávia?
Otávia – É você é um banana! 
Absurd – Ta, eu vou lá! Quer ficar viúva né Cacilda? 
Absurd vai até a carruagem de Baldoc. 
Absurd – Senhor, por favor, abaixa a arma! Vamos acalmar os ânimos
Baldoc – Quem é você pra me dar ordem? 

Absurd segura a mão de Baldoc, tentando tirar a arma. Os dois brigam pela pose da arma. 

Baldoc – Solta! 

A arma acaba disparando em direção a Adma, que é atingida na barriga e cai desmaiada. 

Cacilda (GRITA) – Mamãe!

SANTELMO. ESTRADA. TARDE

Baldoc – Ah meu Deus! Está vendo o que você fez?
Absurd – Eu?
Baldoc – É! Vamos a levar pra algum hospital 
Cacilda – Logo! Ela ta perdendo sangue


 SANTELMO. PAISAGENS. NOITE/DIA


Paisagens da cidade junto com a transição do tempo a Noite para o Dia.

FAZENDA DE IVO. MESA DE REFEIÇÃO. DIA

Lina – Onde vamos parar!
Ivo – Que foi?
Lina (Lendo Jornal) – Banco é assaltado na capital. Uma mulher de classe média.... Baixa e com tendências masculinas junto com um homem assaltaram banco em Nova Serra. 
Soraya – Nossa essa onda de assaltos não pára né?
Lina (Lendo Jornal) – Segundo uma das vítimas a mulher estaria assaltando pra poder pagar... Uma cirurgia plástica? 
Soraya – Que absurdo! Só porque a mulher os assaltou essas pessoas ficam inventando mentiras, eu hein. 
Ivo – Ainda bem que eu não tinha nada nesse banco. 
Soraya – Licença acabei de comer. Irei pro meu quarto. 
Ivo – Tchau, filha! 

Soraya sai. 

Ivo – Essa menina é praticamente uma santa, não sai de dentro daquele quarto. 
Lina – Pois é!

FAZENDA DE IVO. QUARTO DE SORAYA. DIA

Lina abre a porta e entra.

Lina – Soraya sua cínica, era você no Jornal não era?
Soraya – Eu?
Lina – Você mesma. Uma filha assaltante de banco, onde foi que eu errei?
Soraya – Eu não sei do que você está falando
Lina – Não se faça de desentendida, Soraya
Soraya – Ta, Ta bom. Fui eu! Qual é o problema?
Lina – Qual é o problema? Como qual é o problema? Você assalta bancos e vem me perguntar qual é o problema. Não me diga que ainda anda andando com aquelas más companhias?
Soraya – Eu ainda ando com meu amigo Billy sim, por quê?
Lina – Qualquer dia a polícia bate aqui na porta, depois não diga que eu não avisei. 

Lina sai irritada.


FAZENDA DE ADMA. SALA. DIA

Alice – Eai, ela está bem?
Cacilda – Sim, filha. Está internada na enfermaria. Ainda bem que não aconteceu nada grave. 
Alice – Graças a Deus. Vocês deveriam comunicar sobre esse Baldoc as autoridades. 
Cacilda – O Baldoc é a autoridade daqui da cidade e a culpa foi toda do seu pai, esse banana. Eu tenho certeza que ele não iria chegar ao ponto de atirar. 
Absurd – Como minha Cacilda? Quem me mandou ir lá foi você 
Cacilda – E ainda me acusa?


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