segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Amor Blue - Capítulo 01

FAZENDA DE BALDOC. DIA






Baldoc – Alguma novidade sobre o meu contador? 
Bell – Eu já coloquei anúncios em todos os jornais, fique tranqüilo. 
Baldoc – Ah, bom. 
Bell – Confirmado! Estamos sem Delegado 
Baldoc – Não me diga? Ótimo, irei me candidatar á Delegado da cidade. Ah Bell, preciso que você dê uma passada na cidade pra comprar algumas coisas. A Sófia deve ser recebida como uma princesa! 
Bell – Ok! 



Baldoc entrega papel a Bell. 

Bell – O Senhor não acha que é carne demais não? 
Baldoc – O Dinheiro é meu, a carne é minha. Você ta abusadinha demais hein 
Bell – Ah, desculpe!


SANTELMO. DESERTO. DIA



Jesse e Anete estão no meio do deserto toda empoeiradas. Uma carruagem surge no horizonte em direção á elas que logo acenam, porém, a carruagem passa direto, as deixando comendo poeira. 


Jesse – Estou no fundo do poço! Não consigo nem uma carona no deserto. 
Anete (Irritada) – Eu falei pra você lá no cassino! Aposta tudo no 32 e você insistindo no 8, no 8, no 8, no 8! Olha só o que deu? 31
Jesse – E desde quando 31 é 32?
Anete (Irritada) – Mais ta coladinho com o 32!


SANTELMO. ENFERMARIA. DIA



Richard está deitado numa maca e Adma ao lado. Cacilda e Absurd está ali perto observando. 


Richard – Adma, eu vou morrer
Adma – Não! Você não vai morrer
Richard – Chegou há minha hora. Adma promete que vai cuidar das crianças?
Adma – Prometo! Prometo! Mais você não vai morrer, não fale isso. 



Adma abraça Richard e o beija.

Richard – Eu te amo!

Richard morre nos braços de Adma.





SANTELMO. DESERTO. DIA



Jesse e Anete caminham cansadas pelo deserto, Anete bebe o que resta de água de uma pequena garrafinha. Logo a frente uma pessoa caída no chão e com sangue em volta da cabeça, com um cabelo ao lado. 


Jesse – O Que é aquilo?

Anete – Uma pessoa desmaiada! 

Jesse e Anete se aproximam do homem. 

Jesse – Ele ta morto! 

Anete – Ai Jesse, não vamos mexer com essas coisas


Jesse começa a mexer no corpo, procurando algo. Ela pega o revólver do homem e uma garrafa de água. 




Jesse – Pronto! Agora vamos assaltar alguma carruagem e estamos salvas




Anete se abaixa para pegar um papel no chão e logo dá a Jesse. 


Anete – Olha só o que eu achei

Jesse – Huum! Que interessante!


FAZENDA DE ADMA. SALA. DIA



Adma, Cacilda e Absurd entram. 


Alice – O Que aconteceu?
Cacilda – Papai morreu Alice! Meu Deus. Como vai ser o Daniel chegando e descobrindo que perdeu o pai? 
Alice – Coitado, foi morrer logo hoje que o Daniel vai chegar? 
Adma – Está sendo muito difícil pra mim, eu nem sei como vou administrar essa fazenda. 
Absurd – Ele deixou alguma herança?
Adma – 50 centavos na conta que ele tinha na capital, que há essas horas já devem estar a caminho de Santelmo. 
Cacilda – E ainda estamos falidos então?
Adma – Mais ainda há um testamento que ele deixou e só o delegado pode abrir quando ele chegar. Só nos restar esperar o enterro.


NOVA SERRA. CARRUAGEM. TARDE

Motorista da Carruagem – Eu tenho uma notícia para dar pra vocês. Tivemos problemas na carruagem e infelizmente só poderemos concluir a viagem amanhã. 
Sófia – Ah, não! Não acredito. Esperei tanto pra isso? 
Daniel – O Que? Não, mais eu tenho que chegar hoje
Motorista da Carruagem – Vocês ficaram hospedados por uma noite no hotel aqui ao lado, a empresa de carruagem pagará tudo. 
Daniel – Não! Mais... 
Sófia – O Rapaz aqui ao lado parece não ter escutado, ele é meio surdinho. Ele falou que Hoje só amanhã! 
Daniel – Não precisa ser mal educada também



FAZENDA DE ADMA. OFICINA DE ABSURD. TARDE



Absurd está mexendo em sua futura “máquina de voar”. Otávia chega. 



Otávia – Tio, eu e a tia Cacilda estamos indo pra cidade. 


Absurd – Ah! Ta bom Otávia.
Otávia – Vem cá, essa coisa voa? 
Absurd – Coisa? Voar não voa, mas vai voar.


SANTELMO. LOJA DE CACILDA. TARDE


Cacilda e Otávia entram. Um barulho vem de fora, Otávia olha pela janela. 



Otávia – Tia, parece que ta tendo um duelo lá fora 
Cacilda – Duelo! Vamos lá ver! 


Cacilda e Otávia saem.


SANTELMO. LOJA DE CACILDA. TARDE


Jesse e Anete entram, Jesse pega uma maçã de uma bandeja de frutas e come.



Jesse – Não tem ninguém?
Anete – Não, que cidade estranha. Não é melhor a gente ir embora? Essa sua idéia é uma loucura 
Jesse – Anete! Você só pensa o pior. Minha idéia é ótima! 
Anete – Você já usou uma arma na vida?
Jesse – Não usei mais vou usar Anete. É fácil. 
Anete – E se descobrirem? Estamos fritas
Jesse – Comigo é tudo calculado! Se descobrirem eu já tenho um plano. 

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