SANTELMO. IGREJA. TARDE
Cacilda que está desmaiada no chão acorda.
Cacilda – Eu morri... Eu to no céu?
Otávia – Não Titia, você desmaiou!
Cacilda se levanta e tonta senta em um banco com ajuda de Otávia.
Cacilda – Ai! Bati a cabeça!
Otávia – Dói?
Cacilda – Dói, Dói... Dói tanto que dá vontade de matar um ser humano!
Dorothy – Desculpe, não foi a minha intenção! Dá licença!
Dorothy sai.
FAZENDA DE ADMA. OFICINA DE ABSURD. TARDE
Absurd – Ai Alice, eu to tão feliz!
Alice – Com o que papai?
Absurd – Cientistas de uma importante empresa da capital irão vim amanhã ver a apresentação da minha experiência cientifica de sexo eletroacústico que gera eletricidade, será na cidade á noite.
Alice – Ah que bom pai! E esse negócio funciona mesmo?
Absurd – Claro que funciona. Amanhã a cidade brilhará á noite como se estivesse de dia! Eu criei um objeto que “acenderá”. Só preciso colocar nome, me ajuda?
Alice – Que tal Luz? Combina!
Absurd – Isso!
FAZENDA DE BALDOC. QUARTO DE BALDOC. TARDE
O Médico está medindo a pressão de Baldoc que está sentado na cama.
Médico – Só foi um estresse! Nada demais
Sófia – Ah, graças a Deus!
Médico – Fala 34
Baldoc – 34
Médico – Quantos dedos tem aqui?
O Médico faz 5 dedos com a mão.
Baldoc – 6?
Breno e Sófia – Ihhh!
Médico – Ele vai ter que ficar em repouso.
DESERTO. CARRUAGEM. TARDE
Alice e Breno estão em uma carruagem há caminho da cidade.
Alice – Eu também vim da capital há pouco tempo
Breno – Estudou o que?
Alice – Ciências e você?
Breno – Artes Plásticas. Qual o seu nome?
Alice – Alice Lain. O Seu nem precisa dizer, filho do Baldoc né?
Breno – É! Mais eu não tenho nada haver com a briguinha boba do meu pai com a sua família.
Alice – Vamos deixar isso de lado. Saudades da época do colegial na capital. Eu lembro de uma vez que ia ter prova de Geografia, daí eu e a minha prima Otávia resolvemos colar. A gente desenhou o Mapa Mundi na bunda, em um lado o hemisfério sul e no outro o hemisfério norte e no meio a linha do Equador! Daí pedimos pra ir ao banheiro na hora da prova e víamos as respostas no espelho.
Breno – Interessante!
Alice – Pois é!
FAZENDA DE BALDOC. ESCRITÓRIO DE BALDOC. TARDE
Baldoc – Eu todo crente que ele tinha se formado em Administração pra me substituir e advinha no que o infeliz se formou?
Romero – Advocacia?... Engenharia?...
Baldoc – Artes Plásticas!
Romero – Não!
Baldoc – Sim! E também estou desconfiado de algumas atitudes dele. Preciso que você faça uma coisa.
Romero – O Que?
Baldoc – Vá à cidade e traga uma menina da Bianca pra passar um tempo aqui como prostituta fixa.
Romero – Como assim? O Senhor pretende abrir uma casa de tolerância?
Baldoc – Diga que ela é sua irmã e que vai passar uns tempos aqui, quero que ela seduza o Breno.
Romero – Ahh, entendi! Pode deixar
SANTELMO. CIDADE. TARDE
Bárbara e Anete chegam de carruagem na cidade, elas descem frustradas.
Bárbara – Você tem certeza que não lembra onde encontrou ele?
Anete – Lembrar eu lembro, mais o deserto é gigantesco! Impossível achar. Desisto!
Bárbara – Ah não! Temos que procurar mais. Por favor! A gente procura mais um pouco e depois sim desistimos.
Anete – Ta bom! É tanto dinheiro assim pra esse esforço todo?
Bárbara – Não mais eu não quero desisti, eu nunca vi tanto dinheiro junto na minha vida!
Anete – Ta, amanhã continuamos então.
SANTELMO. DELEGACIA. TARDE
Jesse – Então quer dizer que você está de negócios com a Bárbara?
Anete – É! Estamos procurando a senha do banco do marido dela e depois iremos dividir o dinheiro. Mais nunca que eu iria te trair e passar por lado dela pra te denunciar, eu te considero como se fosse da minha família!
Jesse – Essa Bárbara é uma espertinha, hein! E eu pensando que ela tava preocupada com o marido. Anete eu vou querer uma gorda participação nesses negócios, 40%!
Anete – Mais não é muito?
Jesse – Você não disse que me considerava como se fosse da sua família? Você quer o que? Quer a sua família passe fome?
Anete – Ta! Eu topo
FAZENDA DE ADMA. QUARTO DE CACILDA. NOITE
Cacilda – Otávia, será que não teria um jeito da gente despachar essas rameiras da cidade?
Otávia – Não sei, titia!
Cacilda – Agora o Absurd deu de inventar de usá-las em experiências cientificas. Magina? Uma blasfêmia!
Otávia – Pois é né, titia? Uma pouca vergonha. Teve um dia que eu passei lá pra espiar e fiquei impressionada! Como ela abre a boca daquele jeito?
Cacilda – Como assim?
Otávia – Deixa pra lá
Cacilda – Darei um jeito nessa história. Seu tio foi lá no cassino aquele templo de perdição.
Otávia – E a Alice ta seguindo o mesmo caminho. Eu não queria falar nada não mais eu vi ela se insinuando praquele filho do Baldoc.
Cacilda – Oh! Essa família ta perdida!
FAZENDA DE IVO. ESCRITÓRIO DE IVO. NOITE
Lina – O Que está acontecendo Ivo? A Soraya me falou que você tirou o dinheiro do lanche dela. Você também ta tenso, preocupado. Estamos falindo né? Ai meu Deus!
Ivo – Comigo é tudo calculado! Tudo pensado! Tudo estudado! Tirei o lanche da Soraya por quê? Soraya estava gorda!
Lina – Hãn? Fala a verdade!
Ivo – Essa é a verdade, agora Soraya está magra e sendo elogiada por todos.
Lina – Ta! Vou fingi que acredito. Mais o fato é que ta faltando dinheiro. Um dia desses tive que recusar o convite de fazer compras com a Flora, além que estou repetindo vestidos. Daqui a Pouco as fofoqueiras da cidade vão começar a falar.
Ivo – O Fato é que ta dando tudo errado. Tudo! Meus negócios com o Baldoc estão indo por água abaixo. Todos os meus bancos assaltados.
Lina – Assaltados é? Hum. Porque você não coloca um melhor sistema de segurança?
Ivo – Eu não tenho dinheiro pra ficar gastando com isso. Mas fique tranqüila, não é nada sério! Não iremos falir, apenas economizar. Nem com dívidas eu estou.
Lina – Espero que não seja nada de grave mesmo.
CASSINO. JOGATINA. NOITE
Bianca, suas meninas. Jesse e Anete estão sentadas numa mesa ao lado de Absurd. Todos estão visivelmente bêbados e rindo de tudo.
Absurd – O que o Advogado da galinha foi fazer na Delegacia no meio da noite?
Bianca – Ih! Essa eu não sei
Absurd – Sabem essa não, sabem não? Ele foi soltar a franga!
Todos riem.
Anete - Minha vez agora! Um casal ia se casar e a noiva chegou no noivo e falou que não era virgem e ele falou que não tinha problema. Qual o nome do livro?
Bianca – Não faço a mínima idéia!
Anete – Independente se Dei.
Todos continuam rindo, os clientes que estão em volta olham para eles fingindo um riso.
Bianca – Essa foi demais!
Anete – (RINDO) Muito. Eu não posso comigo, eu não me agüento!
FAZENDA DE ADMA. SALA. MADRUGADA
Absurd abre a porta e entra bêbada em casa e logo cai no sofá.
Cacilda – Absurd! Que isso? Eu fiquei te esperando até agora. Pensei que tinha acontecido alguma coisa.
Otávia – Ihhh! Pelo visto ele ta bêbado titia.
Cacilda – Seu cachaceiro! Cachaceiro! O que a maldita cachaça não faz de um homem né, Otávia?
Otávia – Pois é, titia!
Cacilda – Vamos dormir, irei rezar um terço pra esse cachaceiro desgraçado!
Otávia – Ah sim, eu também vou titia!
Cacilda e Otávia saem. Alice vai até Absurd.
Alice – Liga pra elas não! Pra mamãe tudo é pecado. Mais você nunca bebeu! E inventou de beber logo agora um dia antes da apresentação da experiência?
Absurd – Eu bebi? Eu não bebi. Eu não bebo minha filha. E é só tomar um banho e dormir e ta tudo resolvido. Que carinha de feliz é essa?
Alice – Ah, é que hoje eu conheci uma pessoa...
Absurd – Huum...
FAZENDA DE BALDOC. ESCRITÓRIO DE BALDOC. MADRUGADA
Baldoc – Eu preciso de seus serviços, Frank né?
Frank – Isso! Que tipo de serviço?
Baldoc – Um meliante assaltou uma carruagem e o dinheiro que estava nela, eu descobri quem é. Só podia ser filho daquela velha caquética.
Romero – Pois é, e olha que a Bell disse que a Sófia foi pra essas bandas um dia desses.
Baldoc – Por isso, eu quero pegar ele de jeito! E precisarei de seus serviços.
Frank – Fechado!
Baldoc – Esse Daniel vai ver quem é Baldoc!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
sem palavrões, por favor!