quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Amor Blue - Capítulo 09

SANTELMO. IGREJA. TARDE

Cacilda que está desmaiada no chão acorda. 

Cacilda – Eu morri... Eu to no céu? 
Otávia – Não Titia, você desmaiou!

Cacilda se levanta e tonta senta em um banco com ajuda de Otávia. 

Cacilda – Ai! Bati a cabeça!
Otávia – Dói? 
Cacilda – Dói, Dói... Dói tanto que dá vontade de matar um ser humano! 
Dorothy – Desculpe, não foi a minha intenção! Dá licença!

Dorothy sai.


FAZENDA DE ADMA. OFICINA DE ABSURD. TARDE

Absurd – Ai Alice, eu to tão feliz!
Alice – Com o que papai? 
Absurd – Cientistas de uma importante empresa da capital irão vim amanhã ver a apresentação da minha experiência cientifica de sexo eletroacústico que gera eletricidade, será na cidade á noite. 
Alice – Ah que bom pai! E esse negócio funciona mesmo? 
Absurd – Claro que funciona. Amanhã a cidade brilhará á noite como se estivesse de dia! Eu criei um objeto que “acenderá”. Só preciso colocar nome, me ajuda? 
Alice – Que tal Luz? Combina!
Absurd – Isso!



FAZENDA DE BALDOC. QUARTO DE BALDOC. TARDE

O Médico está medindo a pressão de Baldoc que está sentado na cama. 

Médico – Só foi um estresse! Nada demais 
Sófia – Ah, graças a Deus!
Médico – Fala 34
Baldoc – 34
Médico – Quantos dedos tem aqui?

O Médico faz 5 dedos com a mão. 

Baldoc – 6?
Breno e Sófia – Ihhh!
Médico – Ele vai ter que ficar em repouso.


DESERTO. CARRUAGEM. TARDE

Alice e Breno estão em uma carruagem há caminho da cidade.

Alice – Eu também vim da capital há pouco tempo
Breno – Estudou o que?
Alice – Ciências e você?
Breno – Artes Plásticas. Qual o seu nome?
Alice – Alice Lain. O Seu nem precisa dizer, filho do Baldoc né?
Breno – É! Mais eu não tenho nada haver com a briguinha boba do meu pai com a sua família. 
Alice – Vamos deixar isso de lado. Saudades da época do colegial na capital. Eu lembro de uma vez que ia ter prova de Geografia, daí eu e a minha prima Otávia resolvemos colar. A gente desenhou o Mapa Mundi na bunda, em um lado o hemisfério sul e no outro o hemisfério norte e no meio a linha do Equador! Daí pedimos pra ir ao banheiro na hora da prova e víamos as respostas no espelho. 
Breno – Interessante!
Alice – Pois é!


FAZENDA DE BALDOC. ESCRITÓRIO DE BALDOC. TARDE

Baldoc – Eu todo crente que ele tinha se formado em Administração pra me substituir e advinha no que o infeliz se formou? 
Romero – Advocacia?... Engenharia?... 
Baldoc – Artes Plásticas!
Romero – Não!
Baldoc – Sim! E também estou desconfiado de algumas atitudes dele. Preciso que você faça uma coisa.
Romero – O Que?
Baldoc – Vá à cidade e traga uma menina da Bianca pra passar um tempo aqui como prostituta fixa. 
Romero – Como assim? O Senhor pretende abrir uma casa de tolerância?
Baldoc – Diga que ela é sua irmã e que vai passar uns tempos aqui, quero que ela seduza o Breno. 
Romero – Ahh, entendi! Pode deixar


SANTELMO. CIDADE. TARDE

Bárbara e Anete chegam de carruagem na cidade, elas descem frustradas.

Bárbara – Você tem certeza que não lembra onde encontrou ele?
Anete – Lembrar eu lembro, mais o deserto é gigantesco! Impossível achar. Desisto! 
Bárbara – Ah não! Temos que procurar mais. Por favor! A gente procura mais um pouco e depois sim desistimos.
Anete – Ta bom! É tanto dinheiro assim pra esse esforço todo? 
Bárbara – Não mais eu não quero desisti, eu nunca vi tanto dinheiro junto na minha vida! 
Anete – Ta, amanhã continuamos então.


SANTELMO. DELEGACIA. TARDE

Jesse – Então quer dizer que você está de negócios com a Bárbara?
Anete – É! Estamos procurando a senha do banco do marido dela e depois iremos dividir o dinheiro. Mais nunca que eu iria te trair e passar por lado dela pra te denunciar, eu te considero como se fosse da minha família! 
Jesse – Essa Bárbara é uma espertinha, hein! E eu pensando que ela tava preocupada com o marido. Anete eu vou querer uma gorda participação nesses negócios, 40%! 
Anete – Mais não é muito? 
Jesse – Você não disse que me considerava como se fosse da sua família? Você quer o que? Quer a sua família passe fome?
Anete – Ta! Eu topo


FAZENDA DE ADMA. QUARTO DE CACILDA. NOITE

Cacilda – Otávia, será que não teria um jeito da gente despachar essas rameiras da cidade?
Otávia – Não sei, titia!
Cacilda – Agora o Absurd deu de inventar de usá-las em experiências cientificas. Magina? Uma blasfêmia! 
Otávia – Pois é né, titia? Uma pouca vergonha. Teve um dia que eu passei lá pra espiar e fiquei impressionada! Como ela abre a boca daquele jeito? 
Cacilda – Como assim?
Otávia – Deixa pra lá
Cacilda – Darei um jeito nessa história. Seu tio foi lá no cassino aquele templo de perdição. 
Otávia – E a Alice ta seguindo o mesmo caminho. Eu não queria falar nada não mais eu vi ela se insinuando praquele filho do Baldoc. 
Cacilda – Oh! Essa família ta perdida!


FAZENDA DE IVO. ESCRITÓRIO DE IVO. NOITE

Lina – O Que está acontecendo Ivo? A Soraya me falou que você tirou o dinheiro do lanche dela. Você também ta tenso, preocupado. Estamos falindo né? Ai meu Deus! 
Ivo – Comigo é tudo calculado! Tudo pensado! Tudo estudado! Tirei o lanche da Soraya por quê? Soraya estava gorda!
Lina – Hãn? Fala a verdade! 
Ivo – Essa é a verdade, agora Soraya está magra e sendo elogiada por todos. 
Lina – Ta! Vou fingi que acredito. Mais o fato é que ta faltando dinheiro. Um dia desses tive que recusar o convite de fazer compras com a Flora, além que estou repetindo vestidos. Daqui a Pouco as fofoqueiras da cidade vão começar a falar. 
Ivo – O Fato é que ta dando tudo errado. Tudo! Meus negócios com o Baldoc estão indo por água abaixo. Todos os meus bancos assaltados. 
Lina – Assaltados é? Hum. Porque você não coloca um melhor sistema de segurança?
Ivo – Eu não tenho dinheiro pra ficar gastando com isso. Mas fique tranqüila, não é nada sério! Não iremos falir, apenas economizar. Nem com dívidas eu estou. 
Lina – Espero que não seja nada de grave mesmo.


CASSINO. JOGATINA. NOITE

Bianca, suas meninas. Jesse e Anete estão sentadas numa mesa ao lado de Absurd. Todos estão visivelmente bêbados e rindo de tudo.

Absurd – O que o Advogado da galinha foi fazer na Delegacia no meio da noite?
Bianca – Ih! Essa eu não sei
Absurd – Sabem essa não, sabem não? Ele foi soltar a franga!

Todos riem. 

Anete - Minha vez agora! Um casal ia se casar e a noiva chegou no noivo e falou que não era virgem e ele falou que não tinha problema. Qual o nome do livro? 
Bianca – Não faço a mínima idéia! 
Anete – Independente se Dei.

Todos continuam rindo, os clientes que estão em volta olham para eles fingindo um riso. 

Bianca – Essa foi demais! 
Anete – (RINDO) Muito. Eu não posso comigo, eu não me agüento!


FAZENDA DE ADMA. SALA. MADRUGADA

Absurd abre a porta e entra bêbada em casa e logo cai no sofá.

Cacilda – Absurd! Que isso? Eu fiquei te esperando até agora. Pensei que tinha acontecido alguma coisa. 
Otávia – Ihhh! Pelo visto ele ta bêbado titia. 
Cacilda – Seu cachaceiro! Cachaceiro! O que a maldita cachaça não faz de um homem né, Otávia?
Otávia – Pois é, titia!
Cacilda – Vamos dormir, irei rezar um terço pra esse cachaceiro desgraçado! 
Otávia – Ah sim, eu também vou titia! 

Cacilda e Otávia saem. Alice vai até Absurd.

Alice – Liga pra elas não! Pra mamãe tudo é pecado. Mais você nunca bebeu! E inventou de beber logo agora um dia antes da apresentação da experiência? 
Absurd – Eu bebi? Eu não bebi. Eu não bebo minha filha. E é só tomar um banho e dormir e ta tudo resolvido. Que carinha de feliz é essa? 
Alice – Ah, é que hoje eu conheci uma pessoa...
Absurd – Huum...



FAZENDA DE BALDOC. ESCRITÓRIO DE BALDOC. MADRUGADA

Baldoc – Eu preciso de seus serviços, Frank né?
Frank – Isso! Que tipo de serviço?
Baldoc – Um meliante assaltou uma carruagem e o dinheiro que estava nela, eu descobri quem é. Só podia ser filho daquela velha caquética.
Romero – Pois é, e olha que a Bell disse que a Sófia foi pra essas bandas um dia desses.
Baldoc – Por isso, eu quero pegar ele de jeito! E precisarei de seus serviços. 
Frank – Fechado! 
Baldoc – Esse Daniel vai ver quem é Baldoc!

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