segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Amor Blue - Capítulo 06

FAZENDA DE ADMA. OFICINA DE ABSURD. DIA

Dorothy entra.

Dorothy – Cheguei! 
Absurd – Ah sim, finalmente!
Dorothy – O Senhor que me contratou?
Absurd – Sim, eu te usarei pra fazer uma experiência científica. 
Alice – Ô Pai, a mamãe sabe disso?
Absurd – A Sua mãe sempre implica com minhas experiências, ela não precisa saber disso. Eu estou estudando sobre a reprodução humana. 
Dorothy – Quem é essa aí? 
Absurd – Minha filha e minha assistente. 
Dorothy – Eu tenho vergonha, eu só faço se ela sair. Ela nem deve saber sobre essas coisas de reprodução.
Alice – Como não sei? Eu sei sim 
Absurd – Sabe? Sabe como? 
Alice – Ué, os livros. 
Absurd – Alice pode nos dar licença? E por favor, nada de falar pra sua mãe sobre minha experiência, eu nem vou tocar na moça.
Alice – Licença!

Alice sai.


FAZENDA DE BALDOC. QUARTO DE SÓFIA. DIA

Sófia está dormindo na cama.

Baldoc – Eu preocupado com aquele bandido desgraçado e minha filha doente, maldito Apaches. 
Bezerra – Mas agora ela já ta bem, ta dormindo.
Baldoc – Muito obrigado, Bezerra! Fez o remédio pra ela. Se não fosse você...
Bell – Não mais fui eu que fui buscar os ingredientes lá na cabana dos apaches. 
Baldoc – Cala a Boca, Bell
Bezerra – Ah, Magina seu Baldoc. A Sófia é como se fosse minha filha.


SANTELMO. CIDADE. CALÇADA. TARDE

Flora vai em direção a Lina, que está na calçada vendo uns vestidos na frente de uma loja.

Flora – Lina, quê que cê ta fazendo aqui? 
Lina – Ai Flora, você tem razão. Eu deveria ter ido comprar vestidos lá na capital. Os daqui são péssimos. 
Flora – Pois é. Eu também vim fazer umas comprinhas. 
Lina – Veio torrar o dinheiro da pensão do Baldoc? Parece que a Sófia ta doente, porque não vai ver sua filha? 
Flora – Depois eu vou, e o Baldoc não faz mais do que sua obrigação em me dá pensão. 
Lina – Eu não entendo isso. Você se separou dele, casou com outro e ficou viúva e continua recebendo pensão do 1º marido? 
Flora – Uma espécie de troca de favores, eu sei muito bem de muitos podres dele. E o Romero? Notícias?
Lina – Ele chegará daqui a alguns dias da capital. 
Flora – E a Soraya? Sumida?
Lina – A Soraya é uma santa né, estou até pensando na possibilidade de mandá-la pro convento. 
Flora – Não me diga!


NOVA SERRA. CIDADE. FRENTE AO BANCO. TARDE

Billy e Soraya saem mascarados do banco segurando uma mala de dinheiro. A Polícia começa a atirar, eles correm fugindo das balas e atirando também. Os dois entram numa loja abandonada e vazia.


NOVA SERRA. CIDADE. LOJA ABANDONADA. TARDE

Um lugar pequeno e sujo, Billy e Soraya estão no chão. Billy atira pela janela em direção à polícia.

Soraya – Como a gente vai sair daqui, Billy? 

Billy abre uma pequena passagem no chão.

Billy – Por aqui, mas alguém vai ter que ficar enquanto o outro sai. Senão a polícia vai perceber que os tiros pararam e vão atrás da gente.
Soraya – Ta, eu fico!


Billy pega a mala de dinheiro e sai pela passagem. Soraya continua atirando pela janela. A polícia invade a loja abandonada, uma poeira tapa tudo. Os polícias pegam Soraya.

Soraya – Me soltem!


CASSINO. JOGATINA. NOITE

Ao contrário do dia, o Cassino está cheio. Várias pessoas estão jogando. De repente um pequeno “terremotinho” atinge o Cassino, todos se assustam e gritam segurando nas coisas até passar.

Baldoc – Meu Deus, o que foi isso? 
Bianca – É uma das minhas meninas. Ela ta tendo um orgasmo. 
Baldoc (Chocado) – Ahh, nossa!


CENA 11. CASSINO. QUARTO. NOITE

Dorothy está na cama com as pernas pra cima e Absurd colocando sua roupa.

Dorothy – Foi bom?
Absurd – Foi ótimo
Dorothy – Ué, então vamos continuar
Absurd – Não. Eu estou acabado. Até mais!

Absurd sai.

Dorothy – Eu hein!


CASSINO. JOGATINA. BAR. NOITE

Jesse e Anete vão até o bar falar com o dono do Cassino. 

Jesse – Olá, eu gostaria de falar com o senhor.
Dono – Fale! 
Jesse – O Senhor sabia que é proibido servir bebida alcoólica falsa que vieram ilegalmente lá da capital?
Dono – Não.
Jesse – Essas bebidas são mais falsas do que uma nota de 10 reais. 
Anete – Mais nota de 10 reais existe.
Jesse – Anete pára de me atrapalhar, que coisa! Enfim senhor, eu irei implantar uma medida provisória. O Senhor terá que me da 30% dos lucros ou eu fecho o cassino. 
Dono – 30%? 25 e não se fala mais nisso. 
Jesse – Ta bom, 25%. Fechado?
Dono – Fazer o que né?


FAZENDA DE ADMA. QUARTO DE OTÁVIA. NOITE

Otávia está ajoelhada à frente de um santo rezando.

Otávia – Por favor, não me deixe cair na tentação da carne. Eu não quero ter mais aqueles sonhos diabólicos, que mexem tanto com a minha pessoa.
Cacilda - Otávia
Otávia dá um pequeno grito assustada e se levanta.
Otávia – Titia que susto. A Senhora tava aí?
Cacilda – Otávia, Deus está mais próximo do que a gente imagina. Eu sinto que posso falar com ele diretamente sem ajuda dos santos, padres, nem bispos e papa. 
Otávia – Titia, isso não é blasfêmia?
Cacilda – Não! Não! Existem métodos mais certos, rápidos e corretos pra se falar com Deus. Deus estava aqui e o homem e a mulher ali, ouvindo diretamente a palavra santa. 
Otávia – Quando isso, titia? No século passado?
Cacilda – Não, não, bem... no milênio retrasado.


FAZENDA DE IVO. SALA. NOITE

O Telefone toca, Lina leva um susto.

Lina – Ai, que susto! Eu ainda não me acostumei com esse tal de Telefone.

Lina vai até a parede e atende.

Lina (no telefone) – Alô? Sim, eu mesma. Presa! 

Lina fica chocada.


FAZENDA DE ADMA. SALA. NOITE

Alice entra.

Otávia – Eu preciso falar com você, Alice. Eu to muito preocupada, sua mãe não ta batendo bem não hein! 
Alice – Otávia você conhece muito bem a sua tia, até melhor do que eu. Vive grudada nela.
Otávia – Ela ta estranha, fica falando que vai sair da Igreja. Vai se comunicar diretamente com Deus. Falou até mal do papa. 
Alice – Falou mal do papa? Pior você que ta aí com um monte de penitências pra pagar
Otávia – Por favor, Alice. Eu já pedi pra você não espalhar essa história. Eu juro por Deus que eu não fiz nada de grave, juro pela minha mãe voltar aqui depois de tanto tempo.
Alice – Otávia, Otávia... Cuidado com o que você jura. Deus pode escutar.


FAZENDA DE ADMA. MESA DE REFEIÇÃO. NOITE

Alice e Otávia entram e sentam-se à mesa.

Jesse – Esse documento foi lavrado na minha presença na capital, como vocês podem observar ele está lacrado. 

Jesse pega uma faca e abre o documento.

Jesse (lendo) – 16 de Abril de 1880, é com muita tristeza quê venho comunicar aos meus familiares que a minha empresa de mineração faliu e que a mina não mais ouro faz. 
Cacilda – Oh!
Absurd – Acabou o ouro.
Jesse (lendo) – Já que a Mina faliu deixo o terreno e a casa que tem nela para a nossa querida e dedicada empregada Nina.

Cacilda se choca, Nina também. 

Adma – Alguém pegue um copo d’água pra ela, por favor.
Nina – Deus abençoe esse homem!
Cacilda – Que absurdo! 1912 chegando.
Jesse (lendo) – A Fazenda e tudo que tem dela eu deixo para minhas netas, Alice Lain e Otávia Lain e... 
Cacilda – Continue, por favor, o papai tinha uma grande loja religiosa na capital. Que com certeza é minha!
Jesse (lendo) – A Minha loja da Capital há 2 anos decretou falência deixando todos os funcionários sem nenhum centavo. 

Cacilda se choca.

Cacilda – Oh! Papai morreu, minha loja faliu. O Que mais falta acontecer?
Jesse (lendo) – Nesses últimos 2 anos eu fiz um empréstimo para quitar as dívidas da empresa de mineração e lamento informar que A Fazenda está hipotecada. Se em 1 ano a dívida não for paga todas as nossas posses irão pro banco.
Cacilda – Qual o valor da dívida?
Jesse (lendo) – 600 mil dólares. 

Todos ficam chocados, Anete se engasga com a comida. Cacilda se levante chocada e desmaia dura no chão. Todos levantam em volta dela, Otávia começa a abaná-la.

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