FAZENDA DE ADMA. QUARTO DE DANIEL. DIA
Sófia entra.
Sófia – Cowboy! Preciso falar com você!
NOVA SERRA. ESTAÇÃO DE TREM. DIA
Baldoc – Como foram as coisas lá na capital?
Breno – Foram ótimas, pai!
Baldoc – Você sabe que quando eu morrer você que vai cuidar das minhas coisas. Que roupas esquisitas são essas?
Breno – É a última moda lá na capital
Baldoc – Ahhh. E você Romero?
Romero – Eu me formei em Contabilidade, serei contador!
Baldoc – Romero! Estava precisando de um contador mesmo, contratado!
Romero – Não me diga! Muito Obrigado Baldoc, o senhor não irá se arrepender.
DELEGACIA. SANTELMO. DIA
Bárbara brava continua segurando Jesse e Anete pela gola da camisa.
Jesse – A Senhora está presa por desacato á autoridade!
Bárbara solta elas.
Bárbara – Desacato á autoridade uma ova! Suas descaradas! Cadê o meu marido?
Jesse – Eu não sei do que a senhora está falando
Anete – Eu avisei que nós iríamos ser desmascaradas, Jesse!
Bárbara – Então vocês confessam?
Jesse – Eu não confessei nada, quem falou foi ela!
Anete – Eu?
Jesse – Ta! Eu confesso senhorita, estamos se passando pelo seu marido.
Bárbara – Descaradas! E cadê ele?
Anete – Ele morreu
Bárbara – Oh! Morreu?
FAZENDA DE ADMA. QUARTO DE DANIEL. DIA
Daniel – Veio me acusar?
Sófia – Eu não vim acusar ninguém. Eu sei que você é inocente. Já se recuperou do tiro?
Daniel – Já! Eu só lembro que me jogaram na estrada e fugiram na carruagem com o dinheiro.
Sófia – Se a gente encontrasse a pessoa que levou o dinheiro nós provaríamos a sua inocência.
Daniel – A gente, nós? Porque o plural?
Sófia – Eu quero te ajudar.
Daniel – Eu não preciso de ajuda.
Sófia – Não precisa ser grosso também. Bom, eu já fiz o que vim fazer aqui.
Sófia vai saindo Daniel a segura pelo braço.
Daniel – Só meio fazer isso mesmo?
Daniel se aproxima de Sófia e a beija. Otávia que vai passando vê os dois se beijando e observa com ciúmes.
FAZENDA DE ADMA. QUARTO DE DANIEL. DIA
Daniel – Eu aceito sua ajuda.
Otávia entra.
Otávia – Ele não precisa de ajuda nenhuma, ele ta protegido aqui.
Sófia – Protegido por quem? Pelos seus belos olhos escuros?... Agora terei que ir, trarei novidades!
Sófia sai.
FAZENDA DE IVO. QUARTO DE SORAYA. DIA
Soraya – O Desgraçado do Billy passou a perna em mim. Levou todo o dinheiro e nem me ajudou quando eu fui presa.
Lina – Bem feito! Eu avisei Soraya, pelo menos agora você vai sossegar dessas aventuras né?
Soraya – Só depois de encontrar o Billy.
Lina – Soraya! Você foi presa! Se não fosse eu você estaria lá até agora. E se seu pai ficasse sabendo sai de baixo.
Soraya – Eu só quero o meu dinheiro que o Billy roubou e está tudo certo!
Lina – Estou muito preocupada, os negócios do seu pai vão de mal a pior.
Soraya – Semana passada ele tirou o dinheiro do meu lanche. Será que já podemos pensar em falência?
Lina – Não! Bate na madeira, cruz credo. Seu irmão está chegando da capital hoje.
Soraya – Ahh, que bom!
SANTELMO. ESTRADA. DIA
Baldoc e Breno estão em uma carruagem.
Baldoc – Breno, o que é isso na sua orelha?
Breno – Ah, é brinco pai! É moda lá na capital. Todo mundo usa.
Baldoc – Depois preciso passar na cidade pra comprar roupa de homem pra você.
Breno – Mais pai... Essa roupa não tem nada demais.
CASSINO. SANTELMO. QUARTO DE BÁRBARA. TARDE
Anete – Estranho o fato de você não ter se chocado com a morte de seu marido.
Bárbara – Chocada eu fiquei. Mais eu vou explicar tudo direitinho, tenho uma proposta a te fazer!
Anete – Fale
Bárbara – O Camilo, meu marido, tinha uma grande quantia no banco desviado dos cofres públicos. Ele era corrupto.
Anete – Não me diga!
Bárbara – A gente ia se separar quando ele foi chamado pra vim pra essa cidade, tínhamos combinado em dividir o dinheiro. Fiquei lá com o meu filho pequeno e ele sumiu. Ele tava com a senha da conta, vocês pegaram?
Anete – Não foi à gente que matou ele, ele já tava morto. E não pegamos senha alguma.
Bárbara – Eu proponho que a gente vá procurar o papel com a senha no deserto, o corpo ainda deve estar lá. Daí dividimos o dinheiro e eu não denuncio vocês.
Anete – Ta bom, eu topo! Amanhã mesmo podemos ir lá procurar.
Bárbara – Ok!
Anete sai.
Bárbara – Magina que vou dividir o dinheiro! Ela acha a senha e eu acabo com ela lá no deserto mesmo.
Bárbara começa a rir diabolicamente.
SANTELMO. CIDADE. TARDE
Billy e Elga trocam olhares de longe, Billy vai até Elga.
Billy – Olá!
Elga – Olá!
Billy – Aceita um cliente?
Elga – Claro!
FAZENDA DE ADMA. SALA. TARDE
Cacilda e Otávia entram.
Cacilda – Eu e Otávia vamos pra Igreja
Adma – Ora, que novidade!
Cacilda – Iremos expor objetos religiosos antigos, alguns inclusive estarão á venda. Também apresentaremos o coral entre as beatas liderado e organizado por mim. Quem tiver interessado eu vou ficar de 4...
Absurd – De 4!?
Adma – Quê que isso...
Cacilda – Eu vou ficar de 4 ás 6, lá na igreja!
Absurd – Ahhh!
SANTELMO. IGREJA. TARDE
Várias beatas estão cantando o coral, Cacilda á frente delas organizando tudo. Dorothy entra.
Dorothy – Olá! Eu gostaria de participar da festa. Posso?
Cacilda – Oh! Que blasfêmia! Rua! Magina!
Dorothy – Pelo que eu sei você não é dona da Igreja.
Dorothy senta em um banco. Cacilda desmaia.
Otávia – Titia!
FAZENDA DE BALDOC. QUARTO DE BRENO. TARDE
Breno sai do banho molhado e de toalha. Sófia está sentada na cama. Baldoc entra e observa uma tatuagem nas costas de Breno, uma mulher pelada com uma “censura” em seus seios e as pernas cruzadas.
Baldoc – O Que é isso, Breno?
Breno – É uma tatuagem pai, é um sucesso lá na capital.
Baldoc – O Povo da capital é um bando de maluco!
Sófia – Pai!
Baldoc – Minha filha. Primeiro foi àquelas roupas esquisitas, depois o brinco, agora essa tatuagem. Daqui a pouco ele vai falar que é o Chupa Cabra e veio morar na minha casa.
Baldoc sai irritado.
Breno – Ele continua o mesmo né?
Sófia – É! Não liga pra ele não.
Baldoc entra.
Baldoc – Vamos pra cidade agora! Comprar suas roupas.
Breno – Eu não vou coisa nenhuma, pai! Fique sabendo que eu não vou querer ficar seguindo suas regras! E fique sabendo que eu não me formei em Administração, me formei em outra coisa.
Baldoc – Se você não se formou em administração... Você se formou em que?
Breno – Artes Plástica.
Baldoc (Chocado) – O Que!?
Baldoc fica perplexo e desmaia encima da cama.
Breno – Pai!
Sófia – Meu Deus, pai! Acorda!
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