Com todo o seu excesso de
simpatia, ela me ajudou a chegar ao refeitório, meu humor estava incrivelmente
ótimo, por isso resolvi me sentar na mesma mesa que Max.
- Olá meninas. – Cumprimentei as
senhoras com a voz incrivelmente nas nuvens. – Olá Max!
- Olá. – Responderam em uníssono.
- Qual será a história de hoje? –
Perguntei animada.
- Max se sente um pouco
indisposto hoje. – Uma senhora respondeu.
- Entendo, é o cansaço de uma
vida.
- Você está muito feliz hoje? –
Lourdes, uma senhora de cabelos branco-prateados e bem penteados, disse.
- Sim, sim. Hoje eu acordei leve
como uma pluma. Esta noite é o aniversário do meu filho Nicolas. Vou ao salão
de beleza esta tarde, pois à noite haverá um jantar na casa dele.
- Oh. Mande meus cumprimentos a
ele. – Ela falou excitada.
- Mandarei sim. – Falei e sorri,
esbanjando simpatia.
O meu dia passou tranquilamente.
Eu li, fui ao salão, fiz massagem, mão, pé, cabelo e maquiagem. Você deve estar
imaginando por que eu estou me arrumando tanto. Por dois motivos, eu sempre fui
muito vaidosa, é que chega certa idade que a vaidade em excesso assume um
resultado oposto e o segundo motivo é que meu filho, o Nicolas, é
vice-presidente de uma famosa Metalúrgica e isso exigiu um jantar de gala. Isso
mesmo. Um jantar de gala, vestidos longos, smokings e canapés.
Quando era 19h00 minha filha
Helena veio me pegar juntamente com seu marido Marcos e meu netinho querido Joaquim.
- Mamãe, - a voz de Helena era saudosa
– como você está deslumbrante.
- Oh, - fiz um tom de indignação
– eu não atraio mais olhares masculinos, minha querida.
- Atrai sim, - disse Marcos – se
eu não tivesse me casado com sua filha, a senhora seria meu Oasis.
- Marcos, - olhei-o alegre. –
sempre simpático. Só tem um defeito.
- E qual é? – Ele quis saber.
- Ainda não aprendeu a me chamar
de você. – Respondi e nós três desatamos a rir.
Olhei para Joaquim, um menino de
três anos, cabelos castanhos iguais aos do pai, olhos claros como os meus, de
pele branca e bochechas rosadas.
- E como vai o meu neto querido?
– Chamei sua atenção com aquela voz que todos fazemos quando falamos com um
bebê.
- Bem vovó. – Respondeu muito
fofo e correu para me abraçar.
- Pena que eu não posso me
abaixar e te dar um abraço. - Lamentei.
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