terça-feira, 6 de março de 2012

Amor Blue - Capítulo 36 [Últimos Capítulos]

cena 1. cassino. quarto de sheng. noite

Elga – Eu não tenho nada pra falar com você.

Billy – Eu também não sei por que vim aqui. Tá dando o golpe do baú no chinês é?

Elga – Oh! Pra sua informação ele não é chinês, ele é japonês. E eu não to dando golpe em ninguém. Tô apenas trabalhando. Você é uma decepção na minha vida, Billy!

Billy – Olha quem fala.

Billy sai. Elga fecha a porta irritada.

CENA 2. NOVA SERRA. HOTEL. QUARTO DE SORAYA. MANHÃ

Soraya e Bianca entram.

Soraya – Vamos ficar aí por enquanto. Não podemos ficar lá em Santelmo pra não sermos reconhecidas.

Bianca – Ok!

Soraya – O Baldoc já foi... Agora é a vez da Anete.

Bianca – O que nós vamos fazer?

Soraya – Nós não vamos fazer nada. Digamos que eu tenho contatos em Santelmo. Contratei pessoas.

Bianca – Onde você arruma tanto dinheiro?

Soraya – Sabe aquela mina que os Lain pensam que não dá mais ouro? Então...



CENA 3. FAZENDA DE BALDOC. MESA DE REFEIÇÃO. MANHÃ

Sófia está tomando café na mesa. Baldoc entra e senta.

Sófia – Ahhh, papai! Finalmente acordou. Pensei que não ia vim mais. Tá melhor?

Baldoc – Estou ótimo!

Sófia – Ahhh, que bom! Tava ficando preocupada.

CENA 4. FAZENDA DE ADMA. SALA. MANHÃ

Absurd – Eles escolheram outro cientista.

Cacilda – Nossa, que pena Absurd. Não fica assim.

Absurd – Eu sou muito melhor que qualquer um, eu soltei o que tinha engasgado na garganta neles.

Cacilda – Como assim?

flashback. nova serra. empresa de invenções. sala de reunião. dia

Absurd – Então tá legal! É assim né? Eu sabia que eu não ia ser escolhido, todos aqui não prestam. Aquele ali (apontando) desvia dinheiro da empresa, aquele outro (apontando) pega as menininhas novas na rua e leva pro motel. Aquela ali (apontando) é amante do presidente. Ah e não foi o Eduardo da contabilização que me contou! Os que restaram na mesa são inocentes.

FIM DO flashback. nova serra. empresa de invenções. sala de reunião. dia

Cacilda – Nossa! Absurd, essa hora o Eduardo da Contabilização deve tá sendo demitido.

Absurd – Ah, você acha que eu prejudiquei o Eduardo da Contabilização? Tomara que ele não fique com ressentimentos.

Otávia entra.

Otávia – Tem um moço lá fora querendo falar com você, titio. Ele se identificou como Eduardo da Contabilização.

CENA 5. SANTELMO. RUA. CIDADE. MANHÃ

Cacilda e Otávia descem da carruagem. Cacilda paga a passagem e sai com Otávia.

Otávia – Titia, nós vamos primeiro visitar o túmulo do avô Richard ou na Igreja?

Cacilda – Primeiro na Igreja.

Cacilda e Otávia caminham até a Igreja. Veridiana e Elga caminham juntos. As duas se aproximam de Cacilda, Elga bate com o ombro em Cacilda que faz cara feia.

Elga – Urucilda! (RISOS).

Elga e Veridiana dão gargalhadas e vão embora. Cacilda se choca, tema instrumental dela. Otávia e Cacilda continuam caminhando até a Igreja.

Cacilda – Uru... Urubu... Urucilda? Que blasfêmia! Deus não ama essas rameiras, Otávia! Ele vai tirar elas da fase da terra. Elas vão arde no fogo do inferno! Onde já se viu. Uru... Urubu.

O Padre João observa rindo da situação.

Cacilda – E o senhor é outro! Não to gostando nada dessa Igreja Moderninha onde até as rameiras podem entrar. Eu vou abrir a minha própria religião, vou fundar uma igreja aqui na cidade que vai desbancar a sua! Prepare-se!

Otávia – Pode se preparar Padre João, não vai restar nenhuma beata na sua Igreja falida. Vai todo mundo pra nossa Igreja.

Padre João – Eu não ligo pra isso. Religião é escolha e não concorrência.

Cacilda – É a última vez que eu entro na sua Igreja. Não posso admitir rezar no mesmo lugar onde às pecadoras das rameiras rezam. Só vou entrar pra ver o meu santo São Pecritim.

Padre João – O santo é da senhora?

Cacilda – Ué, claro! Vamos Otávia.

Cacilda e Otávia entram na Igreja.

CENA 6. DELEGACIA. SALA DE ANETE. MANHÃ

Zorroh entra. Anete levanta até o arquivo da Delegacia, abre uma gaveta e pega uns papéis.

Anete – Bom Zorroh, eu preciso que você organiza alguns papéis importantes aqui...

Zorroh saca uma arma e corta em apenas uma faca os papéis que caem no chão.

Anete – O que é isso? O quê que você tá fazendo?

Zorroh – (RISOS). Tinha que ver a sua cara! Você quase mijou nas calças.

Anete – É... Foi muito engraçado.

Zorroh começa a tentar atingir Anete, que luta com ele. Anete chuta a faca que cai no chão. Zorroh pega outra no seu bolso.

Anete – O quê que cê tá fazendo?

Zorroh – Matando você.

Anete tenta segurar a mão de Zorroh, que empurra a faca em direção a ela. Anete chuta a barriga de Zorroh e corre para fora da sala.

CENA 7. DELEGACIA. RECEPÇÃO. manhã

Anete tenta sair pela porta e desesperada tenta subir as escadas ao ver Zorroh com a faca atrás dela. Anete cai na escada, Zorroh a puxa.

Zorroh – Aonde você pensa que vai, Anete? Tem uma arma lá encima é?

Zorroh sobe por cima de Anete e tenta enforca-lá. Anete usa seus pés e empurra a cabeça de Zorroh contra a escada, que quebra. Anete e Zorroh caem lá embaixo. Anete corre para a escada novamente enquanto Zorroh cai encima de uma pequena mesa e tenta se levantar. Zorroh levanta-se e corre para a Anete e a pega por trás, ele coloca seus braços sob o pescoço dela. Anete força Zorroh pra trás. Zorroh tropeça e os dois saem pela janela de vidro, que se quebra. Sunny entra com uma bandeja com bolo e se depara com a Delegacia toda quebra.

Sunny – Surpresa! As Naides mandaram trazer esse bolo que você adora, Anete.... Anete?

Zorroh e Anete entram por outra janela de vidro que se quebra. Sunny se choca.

Sunny (GRITA) – AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!

Anete rasga um pequeno de sua roupa e coloca sob o pescoço de Zorroh. Ela tenta enforcar ele, que tenta se soltar.

Sunny – Anete pára, você vai matar ele.

Anete – Preciso que pegue uma coisa lá encima. Uma arma dentro da gaveta.

Zorroh se levanta e tente se soltar. Anete fica submersa do chão pendurada nas costas de Zorroh tentando o enforcar.

Sunny – Uma arma? Porque você quer uma arma?

Anete – Vai lá buscar!

Sunny – Tá bom!

Sunny sobe a escada nervosa. Zorroh se volta e dá um soco em Anete. Anete revida com outro soco, ela pega a cabeça dele e começa a bater com ela na parede.

Anete (GRITA) – Vai logo!

Sunny (off, grita) – Tô indo! Tô indo!

CENA 8. DELEGACIA. RECEPÇÃO. DIA

Sunny desce com a arma. Anete imobiliza Zorroh com seus braços no seu pescoço.

Anete – Fica bem aí, Sunny! Agora aponta a arma pra cara dele e atira. Vai, atira!

Sunny – Tá bom!

Sunny atira na perna de Zorroh.

Zorroh – Vagabunda, atirou em mim.

Anete bate com a cabeça de Zorroh no chão, que desmaia. Anete levanta.

Anete – Cê tá maluca?

Sunny – Você mandou eu atirar.

Anete – Eu tava blefando pra botar medo nele.

Sunny – Então deveria ter cruzado os dedos, piscado os olhos. Ou alguma coisa assim.

CENA 9. FAZENDA DE ADMA. SALA. DIA

Adma entra e senta no sofá. Ela coloca a mão no peito.

Adma – Ai...!

Cacilda – O que foi mamãe?

Adma desmaia. Cacilda vai até ela nervosa.

Cacilda – Mamãe?

CENA 10. DELEGACIA. RECEPÇÃO. DIA

Zorroh está numa cadeira amarrado com uma corda e com machucados no rosto.

Anete – Que decepção, você era meu amigo. Passou pro lado da Soraya?

Zorroh – Até o fim do dia você vai estar morta, Anete. Tem uma recompensa de 20 milhões de dólares por quem te matar primeiro, a Soraya contratou muita gente próxima a você. Eu não pude recusar, é muito dinheiro!

Anete – Se até você tentou me matar eu não posso esperar mais nada.

Henaide bate na porta.

Zorroh – Vai abrir? Sua cabeça virou leilão. O próximo assassino pode ser qualquer um de Santelmo. Achou que eu não tinha concorrente? Quem matar primeiro leva. 20 milhões compra qualquer um.

Anete pega sua arma.

Sunny – Anete é só a Henaide. Ela quer saber por que eu to demorando.

Zorroh – Ou... Te matar!

Anete – Ou só não vou te matar porque eu não to com a mínima vontade! Só não venha atrás de mim, Zorroh.

Anete sai pela porta dos fundos. Sunny sai e deixa Zorroh amarrado.

CENA 11. SANTELMO. DETRÁS DA DELEGACIA. DIA

Anete sai a caminho de uma carruagem. Outra carruagem pára a frente dela. O carteiro vai até a porta da carruagem com um pacote na mão.

Carteiro – Anete, chegou uma encomenda da sua mãe. Preciso que você assine.

Anete – Mamãe não costuma me mandar encomendas.

Carteiro – Relaxa! Que cara de morte é essa?

Anete – Você tem uma caneta?

Carteiro – Ahhh, é claro! A caneta.

O carteiro se vira e pega uma arma, Anete saca sua arma e corre atirando. O carteiro abaixa, os dois se atiraram tentando se atingir. O carteiro atira na arma de Anete, que cai no chão. Ele caminha até ela. Bell chega por trás e dá uma paulada na cabeça dele.

Anete – Ai Bell, graças a Deus! Ele ia me matar.

Bell – Pois é, ainda bem que eu cheguei a tempo.

Anete – Ah não!

Anete corre, Bell sobe na carruagem do carteiro. CAM mostra Anete correndo e a carruagem atrás tentando alcança-lá. Anete se joga no chão e começa a atirar, Bell pára a carruagem e saca sua arma. Anete atira em barríeis de álcool atrás da carruagem. A carruagem explode com Bell dentro. Anete encosta-se numa carruagem, aliviada.

CENA 12. SANTELMO. ENFERMARIA. NOITE

Adma está numa maca, Cacilda sentada ao lado.

Cacilda – Está bem, mamãe?

Adma – Sim, eu to ótima! Cacilda... Agora que eu quase morri eu lembrei de uma coisa que eu não posso parti sem te contar.

Cacilda – O que mamãe?

Adma – Bom, Cacilda... O Richard não era seu pai!

Cacilda – O que?

Adma – É isso mesmo. Não, mais ele sabia. Quando eu me casei com ele eu já tava grávida de você.

Cacilda – Bom, se ele sabia... Mais porque escondeu isso de mim?

Adma – Eu não esqueci, apenas esqueci de contar.

Cacilda – Agora eu entendo, eu não puxei a religião nem de você nem do papai. Só podia ser do meu outro pai biológico. Quem é ele, mamãe?

Adma – O seu pai não quis assumir a gravidez e me deixou na mãe. Daí o Richard que era o melhor amigo dele me pediu em casamento e com o tempo eu acabei me apaixonando por ele. O seu pai biológico é... É o Baldoc!

Cacilda (chocada) – O que?

Música instrumental de Cacilda, ela levanta chocada.

Cacilda (chocada, revoltada) – Eu sou filha do Baldoc?

Cacilda sai gritando.

Adma – Ah meu Deus!

CENA 13. SANTELMO. RUA. NOITE

Cacilda sai da enfermaria revoltada, ela começa a rasgar a roupa no meio da cidade. Todos olham curiosos.

Cacilda – Eu to possuída! Alguém apaga o meu fogo! Eu quero homem!

Cacilda continua gritando revoltada e se rasgando no chão.

cena 14. cassino. corredor. noite

Anete as escadas em direção ao seu quarto.

Anete – Vou pegar minhas malas e irei embora daqui!

Anete vê Henaide e Denaide com armas na mão subindo a escada. Anete saca a arma e se encosta na parede.


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